Obras de 99 artistas de 23 países diferentes estão em mais de 10 espaços culturais da capital
Por Cynara Pereira
A Bienal do Mercosul
No dia 15 de setembro, foi iniciada a 13ª edição da Bienal do Mercosul de arte contemporânea, evento que acontecerá até o dia 20 de novembro, de forma gratuita. Essa edição trouxe como tema a tríade: Trauma, Sonho e Fuga, fenômenos daquilo que não pode ser dito.
A Bienal ocorre em Porto Alegre desde 1997, trazendo artes internacionais para exposições gratuitas que são preferencialmente expostas na zona central da cidade. Neste ano, apresenta ao público obras de 99 artistas de 23 países diferentes, em mais de 10 espaços culturais da capital.
Responsabilidade Social
Consolidada como o maior conjunto de eventos em arte latino-americana, a Bienal do Mercosul tem buscado, a cada edição, ampliar o alcance de suas ações e as contribuições para a comunidade atendida.
Diversos projetos desenvolvidos oferecem oportunidades para a formação cultural e social de seus milhares de visitantes. A concepção do Programa Educativo enfatiza, além disso, a participação de professores, escolas e mediadores como parceiros efetivos com vistas à transformação social.
Associando patrocinadores e colaboradores às melhores práticas de RESPONSABILIDADE SOCIAL, a Bienal do Mercosul reconhece,
na educação e no acesso democrático às artes visuais, instrumentos concretos para o exercício da cidadania e a construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Trauma, sonho e fuga.
Se você luta para dormir após uma experiência traumática, você não está sozinho.
Quase todos os sobreviventes de trauma experimentam algum tipo de problema de sono, como insônia. Mas, para cerca de metade dos três quartos das pessoas, são os sonhos vívidos que dificultam o sono profundo e abrem as portas da consciência para um caminho a ser inventado.
O trauma é o maior combustível da arte de todos os tempos e os sonhos são um estratagema para a fuga.
Vivenciar uma trauma coletivo como a pandemia de 2020 estimula a criação artística para um novo território. O impacto no imaginário comum, através da ativação da fantasia, dos sonhos e delírios, abre portas para o escape de uma condição imposta a todos nós.
A sequência dessas três palavras — trauma, sonho e fuga — formam a linha narrativa que estamos buscando nas obras dos artistas para esta Bienal.
“Trauma não é um evento que acontece. Trauma é sua incapacidade de falar sobre ele. O sonho é uma manifestação da mente que nós não conseguimos trazer para o nível do consciente e se manifesta dentro desse mundo paralelo. E a fuga é aquilo que a arte de fato faz, que é o estratagema de construir uma arquitetura que te leva de um lugar para o outro. Ela junta esses três conceitos e provoca artistas a criar essas experiências“, define o curador da 13° edição da Bienal, Marcello Dantas.
Em cada lugar da exposição, o público terá uma experiência diferente, de modo a realizar uma imersão para dentro das obras do artista, que fazem os convidados interagirem e expandirem a dimensão do que a arte pode ser. Além disso, muitas das obras são artes vivenciais que remetem à pandemia.
A arte é uma das formas do ser humano expressar suas necessidades, crenças, desejos, sonhos, e, para o ser humano, que é um ser naturalmente relacionável, a arte se tornou uma grande ferramenta de comunicação.
Com a arte, a cultura se edifica, por isso exposições que permitem acesso gratuito à população, tal qual a Bienal, são uma ótima oportunidade de conhecimento e de exercício do pensamento para todas as pessoas.
Várias obras estão espalhadas por pontos da capital, como a obra “Batimento”, de Túlio Pinto, que desperta curiosidade em quem passa pela Avenida Borges de Medeiros, com faixas laranjas formando um zig-zag entre os prédios do centro da capital.
Já a obra que está localizada na Usina do Gasômetro, “O Morador”, de Gustavo Prado na imagem abaixo, é um labirinto controlado onde as paredes são portas, que podem ficar abertas ou fechadas.
Os instrutores dos aprendizagem da INTEGRAR-RS têm aproveitado essa exposição para elaborar os trabalhos de suas disciplinas. Os jovens realizam a saída de campo, com a supervisão destes professores, e visitam as obras da Bienal, como as do Farol Santander, permitindo a interação dos aprendizes com os trabalhos dos artistas.
Abaixo, o vídeo da divulgação publicado no perfil do LinkedIn da 13ª Bienal do Mercosul:
Confira os locais e horários de visitação à exposição da Bienal:
- Armazém A6 do Cais do Porto
Endereço: Av. Mauá, 1.050 (entrada pelo Cais Embarcadero)
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 19h
- Casa da Ospa
Endereço: Av. Borges de Medeiros, 1.501
Visitação: de segunda a sexta, das 8h às 18h.
- Casa de Cultura Mario Quintana
Endereço: Rua dos Andradas, 736
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 20h
- Farol Santander
Endereço: Rua Sete de Setembro, 1.028
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 19h
- Fundação Iberê Camargo
Endereço: Av. Padre Cacique, 2.000
Visitação: de quinta a domingo, das 14h às 19h
- Instituto Caldeira
Endereço: Rua Frederico Mentz, 1.606
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 19h
- Instituto Ling
Endereço: Rua João Caetano, 440
Visitação: de terça a sábado, das 10h30min às 20h
- Memorial do Rio Grande do Sul
Endereço: Rua Sete de Setembro, 1.020
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 19h
- Museu de Arte do Rio Grande do Sul
Endereço: Praça da Alfândega, s/nº
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 19h
- Paço Municipal
Endereço: Praça Montevidéo, 10
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 12h e das 13h30min às 17h30min.
Mapa
Veja o mapa com a localização das principais exposições e eventos da 13ª Bienal do Mercosul
A Bienal vai até o dia 20 de Novembro, para mais informações, acesse:
Site Bienal do Mercosul
Fonte: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul.